sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Vantagens dos Cenários de Aprendizagem da EaD





Há alguns diferenciais que tornam os cursos na modalidade EaD vantajosos. São eles:

 -  Baixos custos – em relação aos custos com deslocamentos para realizar cursos e capacitações fora da base de trabalho;

-  Acesso virtual aos materiais de informação – a qualquer momento se recupera ou se atualiza um dado de aprendizagem;

- Flexibilidade – os recursos didáticos são planejados de acordo com situações específicas;

- Metodologias diversificadas – cada tipo de proposta de curso pode se desenvolver com uma metodologia específica ao público a que se designa;

-  Personalização – permite adequar recursos às necessidades de aprendizagem;

-  Otimização do tempo – possibilita flexibilizar o tempo de dedicação ao estudo;

- Tempo de resposta – possibilita a interação compartilhada – alunos e professores, alunos e alunos – viabilizando a troca de experiências e solução de situações-problema de forma mais rápida e autônoma;

- Alcance em escala – possibilita formar um grande número de turmas de alunos, mesmo que geograficamente distribuídas.


   MORAN, José Manuel. Educação inovadora presencial e a distância. In: Contribuições para uma pedagogia da educação on-line, publicado em SILVA, Marco (Org.). Educação on-line. São Paulo: Loyola, 2003.



Eliane Morais


Bases Legais da Educação a Distância




A Educação a Distância teve uma evolução significativa no Brasil nas últimas décadas, desse modo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei n.º 9.394, de 20.12.1996) em seu art. 80, cria condições efetivas para o exercício dessa modalidade nas instituições de ensino superior e seu desenvolvimento em novas bases tecnológicas, a saber:

Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diplomas relativos a cursos de educação a distância. § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.

Vale ressaltar que a mesma Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao dispor sobre o ensino fundamental, no § 4º, art. 32, estabelece que “O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”.

No tocante às bases legais sobre a EaD no Brasil é importante lembrar que o primeiro decreto a regulamentar o Art. 80 da LDB foi o de n. 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, permitindo assim, que a EaD adquirira sua própria regulamentação.


Das disposições estabelecidas nesse decreto, destaca-se o art.1º, no qual a educação a distância é conceitualmente tratada com o objetivo de circunscrevê-la no contexto legal:

Art. 1º Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação (BRASIL,1998).

A partir dessa regulamentação, foi delineado o que se constitui como referência para a implantação da educação a distância nos diferentes níveis de ensino.

Os elementos que compõem, em conjunto, a definição de EaD no Brasil são:

  • Autoaprendizagem -: o aluno organiza seu tempo de estudo conforme o seu ritmo de aprendizagem;
  • Mediação de recursos didáticos -:  materiais impressos, áudio, vídeo e outros;
  • Suporte de informação -: Ambientes virtuais, CDs, DVDs, computadores, e outros; e,
  • Meios de comunicação -: Internet e Web, rádio, videoconferência, TV, etc.

Eliane Morais




Dicas sobre EaD

Curiosidade



Você sabe por que não usamos crase no termo "Educação a Distância"?

A resposta é simples! Porque, de acordo com a regra gramatical, a palavra distância é indeterminada, e portanto, não especifica a distância de quê.



Abraços

Eliane Morais

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Educação a Distância: novos caminhos, novos desafios



As novas Tecnologias da Informação e das Comunicações (TICs) tem favorecido um crescimento muito rápido da Educação a Distância (EaD) em todas as partes do mundo. Esta nova modalidade educativa proporciona uma ampla perspectiva sobre a democratização da Educação, expandindo e dinamizando o acesso ao conhecimento, as oportunidades laborais e aprendizagens para a vida.

A  EaD se configura como uma inovação que requer um perfil proativo do educando, uma vez que este constrói seu conhecimento, com flexibilidade quanto ao ritmo, tempo, espaços, uso de mídias, linguagem e processos de desenvolvimento de habilidades, competências, atitudes e hábitos de estudo. Trata-se, portanto, de uma opção importante para a formação continuada, aceleração profissional e oportunidade de conciliação entre estudo e trabalho.

            Toda novidade e mudança gera desconforto e desconfiança, sendo assim no campo educacional isso não ocorre de modo diferente. O modelo de EaD rompe com o tradicionalismo, sobretudo quando a relação professor-aluno que passa ser construída por meio de um processo de mediação, que acontece na maior parte do tempo à distância, mas não de forma menos eficiente quanto ao suporte e atenção às necessidades do aprendiz, que interage com professores e tutores ao longo de todo curso.  As críticas existentes dizem respeito principalmente a separação entre professores e alunos, justamente por uma hipotética situação que afeta as relações de ensino e aprendizagem. Entretanto, o que se observa, com a expansão de cursos EaD, é que a distância física, e muitas vezes atemporal, também ocorre nas aulas presenciais, já que muitas vezes o aluno está presente na aula, mas ligado em outras atividades, seja conversando, usando o celular ou Internet, entre outros. Esse fenômeno é chamado de distância transacional, e reforça a ideia de que o modelo apresentado ao contrário do que se pensa envolve os sujeitos numa ação participativa e integrada, tornando o aproveitamento de estudos, bem como a qualidade de ensino, significativamente relativos ou superiores aos moldes tradicionais.

No Brasil há uma grande defasagem no campo educacional, de modo que os cursos EaD tem contribuído, apesar da recente explosão de oferta e procura, positivamente com muitas áreas, como por exemplo: educação continuada, treinamento em serviço, formação supletiva e/ou profissional, qualificação docente, especialização acadêmica, complementação dos cursos presenciais, entre outros.

Em geral, os cursos EaD são atrativos e dinâmicos, permitindo ao estudante inúmeras possibilidades de exploração em atividades síncronas, como participação em Chat, videoconferências, webconferências, mundos virtuais, games multiusuários e outros, e/ou em atividades assíncronas, como fóruns, exercícios, questões desafiadoras, desenvolvimento de projetos, web quest e outros. Ainda, os cursos contam com um sistema de gestão e operacionalização específicas, além de produção e desenvolvimento de materiais intencionalmente organizados para fins didáticos.

Diante do exposto, pensar um conceito em Educação a Distância implica em refletir sobre as mais diversas possibilidades que o universo tecnológico nos oferece atualmente, inclusive quanto a convergência de mídias. Vivemos uma explosão de mudanças, tanto na acomodação das gerações advindas dos modelos tradicionais de Educação, quanto das novas gerações, chamadas de gerações nativas, cujo domínio das ferramentas tecnológicas se processam com uma funcionalidade natural e própria das gerações contemporâneas.

São muitos os desafios que se colocam a frente do compromisso ético de se educar a distância, o qual esteja longe de um processo massificador, mesmo sendo direcionado para uma contingência de grandes proporções. Essa transmutação tecnológica nos leva a conquista de novas linguagens, novos aspectos culturais, pedagógicos, operacionais, financeiros, de gestão, criatividade e formação profissional para lidar com a diversidade do mundo virtual.

Enfim, sem a pretensão de esgotar os primeiros passos de conhecimento sobre o tema, esperamos superar as dificuldades ainda existentes no contexto de acesso as TICs, com o intuito de construir caminhos inovadores na busca pela qualidade de ensino, valorizando as ferramentas da EaD e seus fins para todo o sistema educacional brasileiro.

Texto escrito por Eliane Morais de Jesus Mani

Outubro/2013